JUSTIFICATIVA
A violência intra-familiar, denominada no senso comum por violência doméstica, é uma das grandes dores sociais da contemporaneidade. Tratar casais violentos exige capacitação e considerar diversas especificidades, dentre as quais se inclui a necessidade de um olhar voltado às co-responsabilidades e complementaridades entre os cônjuges. É de suma importância que se possa dar atenção a esse tema, de tanta relevância social, já que o comportamento violento pode representar um legado que uma geração transmite à outra, colaborando para sua incidência e aumento, rumo a um futuro nebuloso dentro dessas famílias.
OBJETIVOS
Introduzir conhecimentos básicos sobre o trabalho com violência doméstica e as atitudes a serem desenvolvidas pelos cuidadores.
Compreender a violência doméstica dentro de uma visão sistêmica de mundo.
Compreender a importância do trabalho com o vitimizador.
Transmitir o conceito de rede social e a relevância do trabalho com violência se desenvolver dentro de uma rede.
Refletir sobre a prevenção e tratamento da violência intra-familiar.
Conhecer as principais modalidades de atendimento, as atitudes necessárias e técnicas disponíveis para trabalhar com violência doméstica.
PÚBLICO-ALVO
Psicólogos, psicanalistas, profissionais de saúde, assistentes sociais, educadores e terapeutas familiares. Estudantes de últimos anos de Graduação em áreas afins.
CARGA HORÁRIA
40 horas
COORDENAÇÃO
Dra. Maria Luiza Dias Garcia
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
A – VIOLÊNCIA CONJUGAL:
1. Conceito.
2. A Lei Maria da Penha.
3. Mitos e ciclos da violência.
4. Transmissão psíquica da violência.
5. Reprodução da violência na conjugalidade.
6. Conluio e complementaridade.
7. Consequências para a prole.
8. Abuso a médio e longo prazo e suas consequências para a criança, adolescentes, mulher e família.
B – TRATANDO CASAIS VIOLENTOS:
1. Grupo para casais violentos – a experiência de Sandra Stith.
2. Psicoterapia Psicanalítica.
3. Sociodrama Familiar Sistêmico com casais violentos.
4. Atendimento institucional, prevenção, tratamento.
5. A necessidade de criar uma rede profissional e social.
6. Outros instrumentos e técnicas de trabalho com violência: Genograma, Escultura, FOFAT, Arteterapia, Mediação, CNV,
Terapia Comunitária.
C – FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE RISCO:
1. Situação de risco e vulnerabilidade – conceito.
2. Identificação, prevenção e transformação.
3. A importância do trabalho com o vitimizador.
D – CULTURA DE PAZ:
1. Conceito.
2. Considerando a visão sistêmica de família como núcleo social.
3. Formando novos cidadãos.
4. Não violência e justiça familiar.
5. Instrumentos da Cultura de Paz: A Carta da Terra o ECA , Políticas Públicas.