JUSTIFICATIVA
Antropologia e Psicanálise podem ser vistos como campos do conhecimento que buscam a compreensão dos processos de subjetivação, no âmbito da cultura, e propiciam o desenvolvimento de um olhar para o mundo descentrado de si mesmo, seja por evitar interpretações etnocêntricas ou pela busca da ruptura com o embotamento narcísico, modo encapsulado de existir no mundo intersubjetivo. Refletir sobre essas questões é essencial para o nosso ser no mundo.
OBJETIVOS
Refletir sobre o modo como interpretamos o mundo, evitando versões etnocêntricas ou autocentradas.
Entender o que a Antropologia nomeia por etnocentrismo e a Psicanálise por embotamento narcísico.
Conhecer textos que trabalham o exercício de visões descentradas da própria representação de mundo.
Pensar sobre a concepção de saúde e de doença em determinadas culturas e da influência de fatores culturais na percepção da doença.
PÚBLICO-ALVO
Psicólogos, psicanalistas, profissionais de saúde, assistentes sociais, educadores e terapeutas familiares. Estudantes de últimos anos de Graduação em áreas afins.
CARGA HORÁRIA
40 horas
COORDENAÇÃO
Dra. Maria Luiza Dias Garcia
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
A – ANTROPOLOGIA:
1. História da etnologia.
2. Antropologia das sociedades complexas.
3. Lidando com a alteridade.
4. Antropologia e Psicanálise.
5. Cultura e personalidade.
B – ANTROPOLOGIA DA DOENÇA:
1. A história da medicina no Ocidente.
2. Representações da doença e da saúde.
3. O caráter inconsciente dos modelos etnológicos e terapêuticos.
4. Modelos terapêuticos.
5. A doença e o sagrado: medicina, religião, cura e salvação.
6. Da Antropologia Médica à Antropologia Religiosa.
B – ANTROPOLOGIA MÉDICA:
1. Abrangência da antropologia médica.
2. Dor e cultura.
3. Psiquiatria transcultural.
4. Cultura e farmacologia.
5. Antropologia médica e saúde global.
6. Efeitos nocivos provocados pela sociocultura brasileira sobre a subjetividade da família afrodescendente.